Penas a baterem rasgam o silêncio
E com uma brisa despertam-me da letargia
deixando voar o pó do tempo
revelando o que se pensava esquecido.
Asas azuis que iluminam o lugar mais profundo
de onde ecoa um grito de vida.
Peço que te cales.
Levei uma vida para me conformar que o lugar do belo era onde a luz não alcançava.
Meu vício deixar-te-á tonto. E a mim absorto
na árdua tarefa de te manter dominado.
Guarda o teu canto para quando eu não puder ouvi-lo.
Os idiotas sorridentes que encontro todos os dias não sabem o quanto esta alegria gratuita extenua a minha desesperança.